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Arcos - (vista do ar)
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A MONTANHA DO PICO A montanha do Pico, bonita de todos os lados.

Alma Açoriana

Gente Açoriana é gente de coração e alma grandes, alma que abraça, coração que ama. O sentimento comunitário dos açorianos domina em todas as ilhas como um padrão a assinalar fraternidade. Este espírito manifesta-se a cada momento em toda a sua vivência. Eles partilham a dor e as alegrias duma maneira quase religiosa. Nas suas festividades tomam parte além dos parentes, os vizinhos como se fossem familiares. “Mais me vale o vizinho de perto que o meu filho de longe”. Também quando a fatalidade lhes bate à porta, acorrem a ajudar em tudo o que está ao seu alcance. Não é invejoso, deseja a todos boa sorte e não se regozija com o mal alheio. «O invejoso nunca medrou, o generoso sempre aumentou». Hospitaleiro. Sempre tinham, na sua casa, pousada para os viandantes que antigamente não eram poucos e que tinham, por vezes, de percorrer grandes distâncias, pois não havia nem carros nem tão pouco cavalos. Davam-lhes água para lavar os pés e muitas vezes repartiam a sua ceia com eles. «Dar po...

Pão por Deus

Este hábito de pedir “pão por Deus” no dia de to d os os Santos era feito pelas portas e vem desde há muitos anos. Era feito por pessoas pobres com o fim de angariar milho, batatas ou castanhas que eram as esmolas mais usuais , já preparadas par a esse fim. Mais tarde passou a ser feito por crianças, já não por necessidade, mas pelo prazer do convívio.   As crianças juntavam-se e iam com as suas saquinhas cantar fora das portas: Uma coisinha de pã o por Deus Minha senhora , por alma dos seus Neste dia os adultos passaram a visitar-se. Não havia casa que não tivesse para oferecer aos visitantes, castanhas e vários petiscos acompanhados por licores, melopeias, anis, aguardente e vinho. Ainda hoje este costume se mantém mas em vez de castanhas enchem as saquinhas das crianças com dinheiro e guloseimas. “Outros tempos outras modas”

O Casamento

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Os casamentos também se podem considerar como uma festa. Eram feitos a pé e as pessoas estavam em casa a vigiar quando o cortejo passava para ver a noiva e desejar-lhe boa sorte e para atirarem arroz no regresso da igreja. Depois do cortejo seguia-se o jantar em casa da noiva. Entre os convidados havia sempre jovens que alegravam o jantar cantando várias canções. À noite então é que era a grande festa porque as pessoas organizavam-se em grupos para irem “bater latas” ao lugar onde os noivos iam passar a lua-de-mel. Cada pessoa levava uma oferta que constava de coisas muito simples desde o molho de lenha aos fósforos, sal, vinagre, bolo do Pico, vinho, aguardente, peixe seco, batatas, etc. por vezes bailavam a chamarrita até de madrugada. Quando havia cantador que soubesse improvisar cantigas felicitavam-se os noivos com cantigas próprias. O “bater latas” está a acabar. Os noivos costumam ir passar a lua-de-mel para lugares distantes.

Lenda do Pico

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“Os primeiros descobridores da Terceira e S. Jorge, que já d’antes eram descobertas, botaram na ilha do Fayal algum gado, e que um ermitão de boa vida, por a fazer mais solitária, se foi para a ilha do Fayal de morada; iam no verão alguns a vêr as fazendas que lá tinham tomado, e seu gado, e visitavam o dito ermitão, e achando que ele tinha preparado uma embarcação a seu modo, e perguntando-lhe para que era aquela embarcação, respondeu que da parte da vizinha ilha do Pico lhe aparecia uma mulher vestida de branco, que o chamava de lá, que se fosse para ella, e que por lhe parecer que era Virgem Senhora, fazia aquelle barquinho de coiro por fóra, e determinava passar por lá, quando a Senhora outra vez o chamasse. Os que o ouviram o tiravam d’isso e contudo o ermitão ficou acabando o seu barquinho, e se metteu n’elle ao mar e nunca mais foi visto e achado; e assim o demónio com a capa de santidade fez morrer aquelle santo ermitão, sem delle nem do barquinho se saber mais.” “Quand...