“Os primeiros descobridores da Terceira e S. Jorge, que já d’antes eram descobertas, botaram na ilha do Fayal algum gado, e que um ermitão de boa vida, por a fazer mais solitária, se foi para a ilha do Fayal de morada; iam no verão alguns a vêr as fazendas que lá tinham tomado, e seu gado, e visitavam o dito ermitão, e achando que ele tinha preparado uma embarcação a seu modo, e perguntando-lhe para que era aquela embarcação, respondeu que da parte da vizinha ilha do Pico lhe aparecia uma mulher vestida de branco, que o chamava de lá, que se fosse para ella, e que por lhe parecer que era Virgem Senhora, fazia aquelle barquinho de coiro por fóra, e determinava passar por lá, quando a Senhora outra vez o chamasse. Os que o ouviram o tiravam d’isso e contudo o ermitão ficou acabando o seu barquinho, e se metteu n’elle ao mar e nunca mais foi visto e achado; e assim o demónio com a capa de santidade fez morrer aquelle santo ermitão, sem delle nem do barquinho se saber mais.” “Quand...